(11) 2768-9857 | (11) 96324-1535 WhatsApp
Atendimento: 2ª a 6ª, das 8h às 19h
Sábado das 8h às 12h

Oftalmopediatria

Ao nascimento, os olhos do bebê e suas conexões com o cérebro ainda não estão maduros. Então, qualquer fator que atrapalhe esse desenvolvimento pode acarretar em baixa permanente da visão e até mesmo cegueira. Assim sendo, é importante que a avaliação oftalmológica do bebê ocorra o mais cedo possível.

ESTIMA-SE QUE 60% DOS CASOS DE CEGUEIRA POSSAM SER PREVENÍVEIS OU TRATÁVEIS SE DIAGNOSTICADOS PRECOCEMENTE.

O primeiro teste ocular deve ser realizado pelo pediatra nos primeiros dias de vida, ainda na maternidade. Esse teste é conhecido como “TESTE DO OLHINHO” e é obrigatório na rede hospitalar estadual paulista desde 2003.

Neste teste, é utilizado um feixe de luz para observar se há no olho a formação de um “reflexo vermelho” – o que indica que a luz está atravessando as estruturas oculares e atingindo o “fundo de olho” sem obstáculos. A ausência do reflexo vermelho neste teste pode indicar doenças como CATARATA CONGÊNITA, GLAUCOMA CONGÊNITO, RETINOBLASTOMA ou outros tumores intra-oculares, TOXOPLASMOSE e outras uveítes e DESCOLAMENTO DE RETINA.

Quando o “TESTE DO OLHINHO” está alterado, deve haver encaminhamento o mais rápido possível para o oftalmologista, porque tumores como o RETINOBLASTOMA representam risco, não só à visão, mas também à vida do bebê.

O ideal é que o teste do olhinho seja repetido aos 3 meses de idade, porque a partir dessa faixa etária o resultado do tratamento destas patologias oculares se torna mais limitado. Em geral, o olho da criança começa a formar visão semelhante à do olho adulto por volta dos 6 meses de vida.

O cenário ideal de CRONOLOGIA PARA GARANTIR A SAÚDE OCULAR de nossas crianças seria o seguinte:

– Teste do olhinho realizado pelo pediatra na maternidade
– Repetição do teste do olhinho entre 4 e 6 meses pelo pediatra ou oftalmologista
– Avaliação oftalmológica a cada 6 meses até os 7 anos de idade
– Avaliação oftalmológica anual a partir dos 8 anos de idade

Após essa idade, a conexão entre os olhos e o sistema nervoso já está completa, então as crianças deverão ser examinadas quando relatarem queixas ou sintomas.

Além das consultas de rotina, os pais devem procurar ajuda se a criança apresentar estrabismo (olho vesgo), fotofobia, muita coceira nos olhos, cefaleia, baixa de visão, distorção das imagens, diplopia (visão dupla), halos e piscar excessivamente.

Outros sinais são a queixa de cansaço após aula ou leitura, franzir a testa ou apertar os olhos para tentar ler melhor para longe e aproximar-se de livros e cadernos.

A prevenção e o tratamento precoce das afecções oculares na infância são fundamentais para evitar uma condição limitante conhecida como ambliopia.

Ambliopia

A ambliopia ou “vista preguiçosa” é uma condição irreversível que pode ser evitada através de exames oculares precoces. É preciso lembrar que a criança não nasce com as conexões ópticas completas e que, para o trânsito de informações entre os olhos e o cérebro se estabeleçam adequadamente, não pode haver nenhum obstáculo atrapalhando esse processo.

A ambliopia ocorre quando algo impede a formação de imagens de qualidade em um dos olhos e o cérebro acaba por concluir o processo de desenvolvimento das vias ópticas apenas no olho saudável. Tal condição pode ocorrer em decorrência de ESTRABISMO, MIOPIA, ASTIGMATISMO, HIPERMETROPIA, CATARATA CONGÊNITA, CERATOCONE, doenças de retina, entre outras.

O tratamento da ambliopia depende de sua causa, podendo ser Cirúrgico no caso de catarata e estrabismo, ou Clínico – com o uso de óculos associados à oclusão (tampão) e uso de colírios nos casos de miopia , astigmatismo e hipermetropia. Já os pacientes com CERATOCONE deverão ser tratados com óculos, lentes de contato ou cirurgia.

Estrabismo

O estrabismo é conhecido popularmente como olho “VESGO” e acontece com a perda da movimentação sincronizada e paralela dos olhos, podendo ser um desvio dos olhos “para dentro”, na direção do nariz, conhecido como esotropia; desvio para fora, conhecido como exotropia; e ainda desvio vertical – a hipertropia. Tais desvios podem ser naturais até os 3 meses de idade mas, após essa fase, precisam ser investigados.

Para conseguirmos enxergar um objeto com boa qualidade de foco e visão de profundidade, é necessário que os dois olhos sejam direcionados para o objeto simultaneamente, ou seja, os olhos devem se movimentar em paralelo e sincronizados. O estrabismo ocorre quando alguma alteração da qualidade da imagem (grau nos olhos) ou algum desbalanço neuro-muscular (doenças neurológicas, síndromes genéticas, etc) atrapalha esse processo.

Imagine que, para que o cérebro possa fundir as imagens provenientes dos dois olhos, elas deveriam ter tamanho e qualidade semelhantes. Porém, se um paciente tiver muito grau em apenas um dos olhos (seja miopia, hipermetropia ou astigmatismo) e tiver o outro olho saudável, então o cérebro receberá uma imagem desfocada proveniente de um dos olhos e uma imagem de boa qualidade proveniente do olho saudável – às quais ele será incapaz de fundir, optando por descartar a imagem ruim. Ao suprimir a fusão da imagem, o estímulo para movimentação sincronizada dos olhos deixa de existir e o olho
com visão ruim acaba “entortando”.

O tratamento consiste em corrigir o grau, utilizar oclusão no olho saudável para que o outro olho possa ser estimulado e corrigir cirurgicamente alguns tipos de desvio. Lembrar sempre que, quanto mais precocemente for iniciado o tratamento, maiores serão as chances de melhora.

O SURGIMENTO DE ESTRABISMO SÚBITO NO ADULTO É MUITO PREOCUPANTE E EXIGE ATENDIMENTO RÁPIDO
PORQUE PODE ESTAR ASSOCIADO A AVC OU TUMOR.

Pseudoestrabismo

Não é uma doença, mas causa muita confusão por ser extremamente parecido com a esotropia, ou seja, o estrabismo com olho desviado na direção do nariz.

No caso do pseudoestrabismo, não há um real desvio e sim a presença de prega nasal (base do nariz) alargada, encobrido parte do olho e causando a sensação de desvio. É uma condição benigna que não necessita de tratamento e vai sendo atenuada ao longo do crescimento da criança.

A diferenciação entre estrabismo e pseudoestrabismo deve ser feita pelo médico oftalmologista para prevenir futuro risco ao desenvolvimento ocular.

Importante: Este texto foi desenvolvido pela equipe da clinica HORUS e não poderá ser reproduzido sem autorização expressa.

AGENDAR

Pré Agendamento de Consulta.

Clique no botão e preencha o formulário. Nossa equipe entrará em contato confirmando sua consulta.

Especialidades

A Horus Clínica - Como chegar